quinta-feira, 28 de julho de 2011

FIM DOS IMPÉRIOS COLONIAIS

Fim dos Impérios Coloniais

Na primeira metade do século XX, quase todos os habitantes da África E Ásia viviam sob o domínio econômico- cultural europeu.O processo de independência desses países é chamado: DESCOLONIZAÇÃO.


ANTICOLONIALISMO

Política adotada pelas potências após a Segunda Guerra Mundial , em 1945, porque era inadmissível que países como França e Inglaterra, oprimissem colônias africanas e asiáticas, quando juntas lutaram contra o nazifascismo.Essa prática foi amplamente apoiada pelos EUA E PELA URSS( interessados em áreas de influência), movidos pela guerra fria.

RAZÕES DA INDEPENDÊNCIA

• A LUTA DOS NATIVOS DA África e da Ásia contra os europeus;
• O ENFRAQUECIMENTO das potências européias devido As perdas da SEGUNDA guerra Mundial;
• A solidariedade dos países recém libertos. Conferência de Bandung ( realizada na cidade de BANDUNG, NA INDONÉSIA, ONDE 29 PAÍSES RECEM INDEPENDENTES SE DECLARARAM TERCEIRO MUNDO, OU SEJA, NÃO ALINHADOS A EUA NEM URSS).
ÁSIA


Vamos acompanhar a luta pela libertação da ÍNDIA .( HABITADA POR HINDÚS E MUÇULMANOS).
Principal líder : MAHATMA GANDHI(1869-1948).


Liderou e incentivou a resistência pacífica: tática de luta baseada na desobediência civil.Por meio dessa tática os indianos eram incentivados anão usar nem comprar produtos ingleses,não pagar impostos, assim como não obedecer as leis que os discriminassem dentro da própria ÍNDIA.
Pressionado pela resistência indiana e abalado pelas perdas decorrentes da 2° Guerra, o governo inglês se viu obrigado a negociar com os indianos, assim em 1947, surgiram dois países independentes: ÍNDIA ( DE MAIORIA HINDU), e o PAQUISTÃO (DE MAIORIA MUÇULMANA).

VIETNÃ

a Indochina foi dominada por franceses desde 1860, ocupada por forças japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.Com A DERROTA DO Japão o governo francês decidiu recuperá-la, enfrentando movimentos nacionalistas que lutavam por independência, os franceses foram derrotados na BATALHA DE DIEN BIEN PHU(1954).Logo após houve a assinatura do ACORDO DE GENEBRA( dividiu o território de Indochina em 3 países independentes: Laos, Camboja, Vietnã.

O Vietnã por sua vez ficou dividido em duas partes:

• REPÚBLICA DEMOCRÁTIA DO VIETNÃ.

LOCALIZADA AO NORTE
CAPITAL: HANÓI
LIDERADOS POR: Ho Chi Mi, APOIADA PELOS SOVIÉTICOS.


• REPÚBLICA DO VIETNÃ

LOCALIZADA AO SUL
CAPITAL : SAIGON
LIDERADA POR:Ngô Dinh Diem, APOIADA PELOS NORTE AMERICANOS


ÁFRICA

No caso da África, as lutas para a independência foram influenciadas também por movimentos como:
• O Pan Africanismo: idealizado Por negros norte - americanos e antilhanos, que defendiam a unidade da África, a solidariedade e a independência dos povos africanos.
• A Negritude: movimento africano, idealizado pelo senegalês Leopold Senghor, propunha a valorização das culturas africanas.

As independências africanas podem ser agrupadas em dois blocos:

1° bloco: 1945-1962 = AS colônias que conseguiram sua independência por meio da negociação com suas ex-metrópoles.
2° bloco: 1962-1975 = Os países que conseguiram sua independência por meio da guerra de libertação.
Antes de 1945, apenas ETIÓPIA, EGITO E LIBÉRIA eram livres na África.


Ex- colônias Inglesas




.Quênia : localizada na ÁFRICA ORIENTAL, nessa área os africanos viviam em situação de extrema pobreza, no interior as melhores terras pertenciam aos kikuyus( mais numerosa e combativa etnia africana). Destaque para Jomo Kenyatta, que fundou o UNIÃO AFRICANA DO QUENIA (KANU), PARTIDO QUE PROPUNHA LUTAR POR TERRAS E AUTONOMIA PARA OS AFRICANOS.




Costa do Ouro (GANA) : rica em ouro, diamante, bauxita e cacau.Viviam nessa área diversas etnias como: os FANTI, os AXANTI, os EWE, cada uma com sua cultura e língua local.Destaque para Kwame Nkrumah , que FUNDOU O Partido da Convenção do Povo(CPP).Esse partido era inspirado nas tática de resistência pacífica.Seu lema era : autonomia já.
Kwame Nkrumah

Ex- colônia francesa


• Guiné : liderados por Sékou Touré, e o PARTIDO Democrático da Guiné lutaram pela independência desse país mas, o presidente francês Charles de Gaulle, propôs a população o REFERENDO(Estratégia para manter co controle na colônia).para saber se queriam fazer parte da comunidade francesa.


Ex- colônia portuguesa

• ÁFRICA DO SUL : RICA EM RECURSOS MINERAIS, em 1948, FOI PALCO DO APARTHEID(regime de segregação racial, que obrigava os negros a estudarem em escoas para negros frequentarem cinemas para negros, e andarem com passes para a polícia poder controlar seu deslocamento. Esse regime foi oficializado pela minoria branca descente de ingleses e franceses.Esse regime chegou ao fim em 1990, quando Nélson Mandela foi eleito presidente da África do Sul.








Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918) é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento antiapartheid, como ativista e transformador da história africana. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista. Sua vida foi brilhantemente retratada nos filmes “Invictus” (2009) e "Goodbye Bafana" (2007), mostrando sua conversão em ativista com métodos pacíficos, vindo a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Passou a infância na região de Thembu, antes de seguir carreira em Direito. Em 1990 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz, que foi recebido em 2002. Na África do Sul também é conhecido como 'Madiba', um título honorário adotado por membros do clã de Mandela.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

NAZISMO

O nazismo, conhecido oficialmente na Alemanha como nacional-socialismo (em alemão: Nationalsozialismus), é a ideologia praticada pelo Partido Nazista da Alemanha, formulada por Adolf Hitler, e adotada pelo governo da Alemanha de 1933 a 1945, e esse período ficou conhecido como Alemanha Nazista ou Terceiro Reich.












No Brasil, como em vários outros países, a apologia ao nazismo é capitulada em lei como crime inafiançável.

O nazismo é frequentemente considerado por estudiosos como uma derivação do Fascismo. Mesmo incorporando elementos tanto da direita política quanto da esquerda política, o nazismo é considerado de extrema direita.[9] Os nazistas foram um dos vários grupos históricos que utilizaram o termo nacional-socialismo para descrever a si mesmos, e na década de 1920, tornaram-se o maior grupo da Alemanha. O Partido Nazista apresentou seus ideais no programa de 25 pontos do Nacional Socialista em 1920. Entre os elementos-chave do nazismo, há o anti-parlamentarismo, o pangermanismo, o racismo, o coletivismo, a eugenia, o antissemitismo, o anticomunismo, o totalitarismo e a oposição ao liberalismo econômico e político.

Na década de 1930, o nazismo não era um movimento monolítico, mas sim uma combinação de várias ideologias e filosofias centradas principalmente no nacionalismo, no anticomunismo e no tradicionalismo. Alguns grupos, como strasserismo, faziam inicialmente parte do movimento nazista. Uma de suas motivações foi a insatisfação com o Tratado de Versalhes, que era entendido como uma conspiração judaica-comunista para humilhar a Alemanha no final da Primeira Guerra Mundial. Os males da Alemanha pós-guerra foram críticos para a formação da ideologia e suas críticas à República de Weimar pós-guerra. O Partido Nazista chegou ao poder na Alemanha em 1933.

Em resposta à instabilidade criada pela Grande Depressão, os nazistas procuraram um terceiro jeito de gerenciar a economia do seu país, sem que tenha ideais comunistas ou capitalistas. O governo nazista efetivamente acabou em 7 de maio de 1945, no Dia V-E, quando os nazistas incondicionalmente renderam-se às potências Aliadas, que tomaram a administração da Alemanha até que o país formasse o seu próprio governo democrático.
A essência do Nazismo: totalitarismo e racismoA essência do fascismo e do nazismo está no totalitarismo,[17] especificamente na noção de controle totalitário, ou seja, na ideia de que o Estado, e em última instância o chefe-de-Estado (no caso da Alemanha o Führer), deveria controlar tudo e todos. Para isso a homogeneização da sociedade é fundamental. As formas de controle social em regimes totalitários geralmente envolvem o uso e exacerbação do medo a um grau extremo. Todos passam a vigiar a todos e todos se sentem vigiados e intimidados. Cada indivíduo passa a ser "os olhos e ouvidos" do Führer no processo de construção de uma sociedade totalitária. Neste processo de homogeneização totalitária, os inúmeros festivais, atividades cívicas, com mobilização das massas nas ruas foram determinantes .

Para controlar tudo e todos, o nazismo instigava e exacerbava ao extremo o nacionalista, geralmente associado às rivalidades com outros países suposta ou realmente ameaçadores. A ideia de um inimigo externo extremamente poderoso é funcional unir a sociedade contra o "inimigo comum". O medo de um inimigo externo é funcional para aglutinar socialmente povos que até pouco tempo não se identificavam enquanto uma só nação, como foram os casos de países unificados apenas no século XIX (Alemanha e Itália). Como Freud havia demonstrado, a necessidade da criação artificial da identidade em grupos sociais pode levar à homogeneização forçada destes, e a existência de membros diferentes no grupo é desestabilizadora, o que leva o grupo a tentar eliminá-lo. Tão relevante é esta explicação para entender o fenômeno do fascismo e do nazismo, que as obras de Freud estiveram entre as primeiras a serem queimadas nas famosas queimas de livros organizadas pelo Partido Nazista em 1933 e 1934.

Entretanto, era necessário mais do que apenas o medo de um inimigo externo para conseguir atingir o ultra-nacionalismo e o totalitarismo. Para isso era funcional criar "inimigos" internos, sorrateiros, subterrâneos, conspiratórios. Este papel de inimigo sorrateiro é destinado ao comunismo e aos comunistas como um todo na ideologia fascismo. O Nazismo acrescenta ao rol de "inimigos", em que já estava o comunismo, minorias étnico-religiosas como "inimigas": os judeus em um primeiro momento, depois ciganos e povos eslavos (já durante a II Guerra Mundial). A partir disto é que se torna central o segundo pilar do nazismo, a ideologia da superioridade racial ariana.

Economia Colonial

BRASIL: ECONOMIA COLONIAL



• A Caesalphina Echinata

Após a chegada dos primeiros portugueses ao Brasil, os portugueses logo perceberam que não teriam um lucro imediato como os espanhóis nas suas colônias americanas. O único produto que poderia ser explorado seria o pau-brasil, que passou a ser explorado por particulares como o Fernando de Noronha.
Este privilégio dado pela coroa portuguesa para Noronha estava simplesmente vinculado a questão portuguesa de não gastar com as colônias americanas manter o foco da exploração nas especiarias da Índia e da China, que no momento dava maiores lucros ao Estado português.
A partir do momento em que as especiarias não vão mais dar o lucro esperado a Coroa Portuguesa, a mesma resolve voltar-se para a exploração de sua colônia na América e com isso também se dá o período de colonização das terras brasileiras pelo reino português.


• O Cultivo da cana-de-açúcar

A plantação da cana-de-açúcar no Brasil só deslanchou a partir da chegada de Martim Afonso de Sousa, que trouxe peritos e mudas de da planta para produção brasileira. Como o produto era muito cobiçado pelos europeus, ele vêm a se tornar o principal produto de vinculação econômica da colônia gerando lucros para a Metrópole.
A plantação e extração de cana-de-açúcar já tinha sido iniciada nas ilhas do açores e de Cabo Verde pelos portugueses. A utilização de latifúndios foi desenvolvida em larga escala com a utilização da mão-de-obra escrava. A plantação era voltada para monocultura de exportação, ou seja, a produção de um único gênero voltado para o mercado externo. Isso se chama plantation. Além das mudas de açúcar, os portugueses trouxeram também os equipamentos necessários para produção de açucar, além de toda mão-de-obra a ser empregada e as técnicas de fabricação.


• Os engenhos de açúcar

A partir de 1530 a produção de açúcar espalhou-se por todo o litoral da América portuguesa, principalmente na Bahia e em Pernambuco. Em 1570 a industria açucareira estava totalmente instalada nas capitanias do Nordeste.
Como os portugueses não se propunham a participar da atividade açucareira, os que vinham para cá viver da produção do açúcar exigiam terras e muitos trabalhadores para uma exploração quase que ilimitada. Mas para os trabalhos mais apurados eram utilizados trabalhadores livres.
Até o final do século XVI, o índio foi utilizado amplamente nos engenhos de açúcar. Aos poucos, a mão-de-obra foi mudando para o negros africanos mais por resistência dos índios do que por outro motivo. Quando os portugueses passam a perceber o lucro que eles obtinham com o tráfico de escravos negros, passam a só autorizar a utilização de mão-de-obra dos africanos.
O trabalho nos engenhos colocava lado a lado os escravos negros, indígenas e trabalhadores livres. Com o passar do tempo, alguns escravos passaram a também fazer funções de homens livres.


• A Estrutura dos engenhos

O engenho constituía na unidade econômica básica da colônia portuguesa nos séculos XVI e XVII. O engenho era formado pela casa-grande, a capela e a senzala. O engenho era símbolo de poder por parte do senhor de engenho e erguia-se como modelo de organização da colônia.
Pequenos lavradores cultivavam nas suas pequenas possessões produtos para sua subsistência. Isso era chamada de fazendas obrigatórias. Os trabalhadores livres ganhavam também terras em troca de prestação de favores ao senhor de engenho.


• Outras atividades econômicas

Apesar da tendência à monocultura de exportação, outras atividades agrícolas também foram desenvolvidas na colônia como a pecuária, o fumo e o algodão. A pecuária era necessária para o transporte de carga. O algodão era produzido por pequenos arrendatários e tinha um pequeno volume de exportação para a Metrópole, o grosso da produção era voltada para vestir os escravos. O fumo tornou-se um dos principais produtos da economia colonial, era consumido pelas camadas mais pobres e servia de mercadoria para troca de escravos na África. Sua produção concentrou-se na Bahia e Pernambuco.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA

DATA MAGNA
Revolução Pernambucana
A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, eclodiu em 6 de março de 1817 na então Província de Pernambuco, no Brasil.
Dentre as suas causas destacam-se a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e a influência das idéias Iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas.

Antecedentes
No começo do século XIX, Olinda e Recife, as duas maiores cidades pernambucanas, tinham juntas cerca de 40 000 habitantes (comparados com 60 000 habitantes do Rio de Janeiro, capital da colônia). O porto do Recife escoava a produção de açúcar, das centenas de engenhos da Zona da Mata, e de algodão. Além de sua importância econômica e política, os pernambucanos tinham participado de diversas lutas libertárias. A primeira e mais importante tinha sido a Insurreição Pernambucana, em 1645. Depois, na Guerra dos Mascates, foi aventada a possibilidade de proclamar a independência de Olinda[1].
As idéias liberais que entravam no Brasil junto com os viajantes estrangeiros e por meio de livros e de outras publicações, incentivavam o sentimento de revolta entre a elite pernambucana, que participava ativamente, desde o fim do século XVIII, de sociedades secretas, como as lojas maçônicas. Em Pernambuco as principais foram a Areópago de Itambé, a Patriotismo, a Restauração, a Pernambuco do Oriente e a Pernambuco do Ocidente, que serviam como locais de discussão e difusão das "infames idéias francesas". Nas sociedades secretas, reuniam-se intelectuais religiosos e militares, para elaborar planos para a revolução.
Causas imediatas
• Situação da região: presença maciça de portugueses na liderança do governo e na administração pública. Criação de novos impostos por Dom João provocando a insatisfação da população pernambucana.Para se ter uma idéia , segundo escritor inglês então residente no Recife, era grande a insatisfação local ante a obrigatoriedade de se pagar impostos para a manutenção da iluminação pública do Rio de Janeiro , enquanto no Recife era praticamente inexistente a dita iluminação .
• Nordeste: grande seca que havia atingido a região em 1816 acentuando a fome e a miséria; além disso, houve queda na produção do açúcar e do algodão, que sustentavam a economia pernambucana (esses produtos começaram a sofrer concorrência do algodão nos EUA e do açúcar na Jamaica).
• Influências externas: divulgação das ideias liberais e de independência (ideais iluministas), estimulando as camadas populares de Pernambuco na organização do movimento de 1817.
• A crescente pressão dos abolicionistas na Europa vinha criando restrições gradativas ao tráfico de escravos, que se tornavam mão-de-obra cada vez mais cara, já que a escravidão era o motor de toda a economia agrária pernambucana[1].
• Objetivos do movimento: independência do Brasil; proclamação da república;
O decorrer da revolução
A bandeira da Revolução Pernambucana de 1817, cujas estrelas representam Paraíba, Ceará e Pernambuco, inspirou a atual bandeira pernambucana.
O movimento iniciou com ocupação do Recife, em 6 de março de 1817. No regimento de artilharia, o capitão José de Barros Lima, conhecido como Leão Coroado, reagiu à voz de prisão e matou a golpes de espada o comandante Barbosa de Castro. Depois, na companhia de outros militares rebelados, tomou o quartel e ergueu trincheiras nas ruas vizinhas para impedir o avanço das tropas monarquistas. O governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro refugiou-se no Forte do Brum, mas, cercado, acabou se rendendo[1].
O movimento foi liderado por Domingos José Martins, com o apoio de Antônio Carlos de Andrada e Silva e de Frei Caneca. Tendo conseguido dominar o Governo Provincial, se apossaram do tesouro da província, instalaram um governo provisório e proclamaram a República.
Em 29 de março foi convocada uma assembléia constituinte, com representantes eleitos em todas as comarcas, foi estabelecida a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; o catolicismo foi mantido como religião oficial, porém havia liberdade de culto ( o livre exercício de todas as religiões ); foi proclamada a liberdade de imprensa (uma grande novidade no Brasil); abolidos alguns impostos; a escravidão entretanto foi mantida.
À medida que o calor das discussões e da revolta contra a opressão portuguesa aumentava, crescia, também, o sentimento de patriotismo dos pernambucanos, ao ponto de passarem a usar nas missas a aguardente (em lugar do vinho) e a hóstia feita de mandioca (em lugar do trigo), como forma de marcar a sua identidade.
Expansão e queda
As tentativas de obter apoio das províncias vizinhas fracassaram. Na Bahia, o emissário da revolução, José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, o Padre Roma, foi preso ao desembarcar e imediatamente fuzilado por ordem do governador, o conde dos Arcos. No Rio Grande do Norte, o movimento conseguiu a adesão do proprietário de um grande engenho de açúcar, André de Albuquerque Maranhão, que depois de prender o governador, José Inácio Borges, ocupou Natal e formou uma junta governativa, porém não despertou o interesse da população e foi tirado do poder em poucos dias. O jornalista Hipólito José da Costa foi convidado para o cargo de ministro plenipotenciário da nova república em Londres, mas recusou.
Tropas enviadas da Bahia avançaram pelo sertão pernambucano, enquanto uma força naval, despachada do Rio de Janeiro, bloqueou o porto do Recife. Em poucos dias 8000 homens cercavam a província. No interior, a batalha decisiva foi travada na localidade de Ipojuca. Derrotados, os revolucionários tiveram de recuar em direção ao Recife. Em 19 de maio as tropas portuguesas entraram no Recife e encontraram a cidade abandonada e sem defesa. O governo provisório, isolado, se rendeu no dia seguinte.
Apesar de sentenças severas, um ano depois todos os revoltosos foram anistiados, e apenas quatro haviam sido executados.
Auxílio externo
Em maio de 1817, Antônio Gonçalves Cruz, o Cruz Cabugá, desembarcou na Filadélfia com 800 mil dólares (atualizado ao cambio 2007 aproximadamente 12 milhões de dólares )na bagagem com três missões[1]:
1. Comprar armas para combater as tropas de D. João VI
2. Convencer o governo americano a apoiar a criação de uma república independente no Nordeste brasileiro.
3. Recrutar alguns antigos revolucionários franceses exilados em território americano para, com a ajuda deles, libertar Napoleão Bonaparte, exilado na Ilha de Santa Helena, que seria transportado ao Recife, onde comandaria a revolução pernambucana. Depois retornando a Paris para reassumir o trono de imperador da França.
Porém na data de chegada do emissário aos Estados Unidos, os revolucionários pernambucanos já estavam sitiados pelas tropas monarquistas portuguesas e próximas da rendição. Quando chegaram ao Brasil os quatro veteranos de Napoleão recrutados (conde Pontelécoulant, coronel Latapie, ordenança Artong e soldado Roulet), muito depois de terminada a revolução, foram presos antes de desembarcar.
Em relação ao governo americano, Cruz Cabugá chegou a se encontrar com o secretário de Estado, Richard Rush, mas somente conseguiu o compromisso de que, enquanto durasse a rebelião, os Estados Unidos autorizariam a entrada de navios pernambucanos em águas americanas e que também aceitariam dar asilo ou abrigo a eventuais refugiados, em caso de fracasso do movimento[1].
Consequências
Debelada a revolução, foi desmembrada de Pernambuco a comarca de Rio Grande (atual Rio Grande do Norte), tornando-se província autônoma. Essa havia sido anexada ao território pernambucano ainda na segunda metade do século XVIII, juntamente a Ceará e Paraíba, que também se tornaram autônomas ainda no período colonial, em 1799.
Também a comarca de Alagoas, cujos proprietários rurais haviam se mantido fiéis à Coroa, como recompensa, puderam formar uma província independente[1].
Apesar dos revolucionários terem ficado no poder menos de três meses, conseguiram abalar a confiança na construção do império americano sonhado por D. João VI, a coroa nunca mais estaria segura de que seus súditos eram imunes à contaminação das idéias responsáveis pela subversão da antiga ordem na Europa[1].
Data Magna
Em 2007, o dia 6 de março foi declarado a Data Magna de Pernambuco, por conta da Revolução Pernambucana.
Em 2009, o Governo de Pernambuco aprovou nova lei, alterando a Data Magna do Estado para o primeiro domingo de março.



terça-feira, 5 de julho de 2011

POVOS, MOVIMENTOS, E TERRITÓRIOS NA AMÉRICA PORTUGUESA

Povos, movimentos e territórios na América portuguesa


Ao longo da história, a formação de colónias foi a forma como a espécie humana se espalhou pelo mundo.
Na pré-história, a colonização de territórios não era geralmente acompanhada pelo uso da força - a não ser para lutar contra eventuais animais que os ocupassem.
Em tempos mais recentes, no entanto, o crescimento populacional e económico em vários países da Europa e da Ásia (os Mongóis e os japoneses) levou a um novo tipo de colonização, que passou a ter o carácter de dominação (e, por vezes, extermínio) de povos que ocupavam territórios longínquos e dos seus recursos naturais, criando grandes impérios coloniais. Um dos aspectos mais importantes desta colonização foi a escravatura, com a "exportação" de uma grande parte da população africana para as Américas, com consequências nefastas, tanto para o Continente Negro, como para os descendentes dos escravos, que perduram até hoje.
No século XIII, os reis mongóis sucessores de Genghis Khan construíram o maior império colonial de sempre, abrangendo quase toda a Ásia e parte da Europa de leste. Nos finais do século XIX, os japoneses começaram a expandir-se e, na altura da Segunda Guerra Mundial, dominavam a Coreia, grande parte da China, a Indochina, as Filipinas e a então colónia das Índias Orientais Holandesas (atual Indonésia).
O colonialismo europeu foi o que abrangeu a maior parte do mundo, fora daquele continente, tendo sido ocupadas completamente as Américas e a Austrália até ao século XVII e a maior parte de África até ao início do século XIX. Em 1885, as diferentes regiões – actuais países - de África foi distribuída pelas potências coloniais europeias, na Conferência de Berlim.

Ecologia da colonização humana
Muitas espécies de plantas úteis são trazidas pelos colonizadores para serem cultivadas nas frentes de colonização. Quando os sítios são abandonados ou quando os colonizadores morrem, gerando as taperas, as plantas podem sobreviver por longo tempo, ocasionando frequentemente invasões vegetais nos ecossistemas no entorno. O estudo dessas plantas pelos ecólogos pode informar aos arqueólogos e historiadores as origens prováveis das infestações, possibilitando o encontro dos sítios arqueológicos. Dessa forma a Etnobotânica e a Ecologia são ferramentas auxiliares da Arqueologia e da História. Fonte: Santos, Ana Carla Fonseca, 2006. Taperas e suas plantas: etnobotânica dos antigos assentamentos humanos. Diálogos, Maringá, 10(3):33-55.
Ondas de colonização em frentes com alta densidade de colonizadores podem ter tido grande sucesso ao explorar, como nas América, ecossistemas muito favoráveis a eles, habitados por manadas de mamíferos de grande porte até então desconhecidos, possibilitando caça abundante e segurança alimentar. Fonte: Martin, P. S., 1973. The discovery of America. Science 179:969-974.
Colonização alemã
África
• Colonização alemã da África
A Alemanha só passou a administrar colónias em África (o Tanganyika e o Sudoeste Africano, actual Namíbia) a seguir à Conferência de Berlim e perdeu-as com a sua derrota na Primeira Guerra Mundial.
Colonização britânica
Os ingleses lançaram-se à conquista do mundo durante o reinado de Henrique VII (1485–1509), que promoveu a indústria naval, como forma de expandir o comércio para além das Ilhas Britânicas. Mas as primeiras colónias britânicas só foram fundadas durante o reinado de Isabel I, quando Sir Francis Drake circunavegou o globo nos anos 1577 a 1580 (Fernão de Magalhães já a tinha realizado em 1522). Em 1579, Drake chegou à Califórnia e proclamou aquela região "colónia da Coroa", chamando-lhe "Nova Albion" ("Nova Inglaterra"), mas não promoveu a sua ocupação. Humphrey Gilbert chegou à Terra Nova em 1583 e declarou-a colónia inglesa, enquanto Sir Walter Raleigh organizou a colónia da Virginia em 1587, mas ambas estas colónias tiveram pouco tempo de vida e tiveram de ser abandonadas, por falta de comida e encontros hostis com as tribos indígenas do continente Americano. Foi apenas no século seguinte, durante o reinado de Jaime I da Inglaterra, depois da derrota da Armada Invencível de Espanha, que foi assinado o Tratado de Londres, permitindo o estabelecimento da colónia da Virginia em 1607. Durante os três séculos seguintes, os ingleses expandiram o seu império a praticamente todo o mundo, incluindo grande parte de África, quase toda a América do Norte, a Índia e regiões vizinhas e várias ilhas ao redor do mundo.
Assim, em 1670 já existiam colónias inglesas estáveis na América do Norte (Nova Inglaterra, Virgínia, Carolina) e em Antígua, Barbados, Belize e Jamaica, bem como uma penetração comercial na Índia desde 1600, graças à Companhia das Índias Orientais.
A partir de 1660, organiza em África, entrepostos de captação de escravos para as plantações americanas, apossando-se, no século seguinte, em 1787, de inúmeros territórios entre o Rio Gâmbia (encravado no Senegal francês) e a Nigéria, abarcando a famosa Costa do Ouro, o actual Gana. O século XVIII é deste modo, o período de afirmação e maturação do projecto colonial britânico.
O seu único revés neste período foi a independência dos Estados Unidos da América, em 1776. Posteriormente houve o início da colonização da Austrália em 1783 e mais tarde da Nova Zelândia a partir de 1840.
A sua armada mantém-se superior às demais com a Batalha de Trafalgar em 1805, impondo uma vez mais uma pesada derrota a um adversário. O domínio de novas colónias é constante nesta altura - Malaca, desde 1795, Ceilão, Trindade e Tobago, em 1802, Malta, Santa Lúcia e Maurícia, em 1815, depois da derrota napoleónica e do seu bloqueio continental.
Singapura é fundada por Thomas Raffles em 1819. No Canadá regista-se o avanço para oeste, abrindo novas frentes de colonização, o mesmo sucedendo na Índia, com a exploração do interior do Decão e de Assam, Bengala e outras regiões.
O século XIX marca o auge do Império Colonial Britânico, cuja expansão económica e humana é favorecida pelo desenvolvimento do capitalismo financeiro e industrial, bem como pela pressão demográfica elevada.
Por outro lado, marca uma nova administração e gestão da realidade colonial. Exemplo disso é o governo directo da Coroa na Índia. Aí, porém, despoletará a primeira grande revolta contra o domínio colonial britânico: a Revolta dos Sipais, em 1858, que ditará o fim da Companhia das Índias Orientais.
Em 1877, a rainha Vitória - num gesto de coesão face às autonomias ou aspirações mais radicais - proclama-se imperatriz da Índia, que compreendia um extenso território entre a fronteira irano-paquistanesa e a Birmânia e entre o Oceano Índico e o Tibete. Na China, estabelece-se em Xangai. Na África, alimenta-se cada vez mais o sonho de construir um império inglês entre o Cairo, no Egipto, e a Cidade do Cabo, na África do Sul, o que é conseguido depois da Conferência de Berlim (1884-1885), que legitima a anexação de todos os territórios ao longo desse corredor africano (Egipto, Sudão, Quénia, Tanzania, Uganda, Rodésia, Transvaal e a Província do Cabo). Aqui, entre 1899 e 1902, se travará a primeira guerra do império, contra os bóers (descendentes de colonos holandeses estabelecidos desde o século XVII na África do Sul), que se tornarão autónomos em 1910 (União Sul-Africana).
Este conflito demonstra o desaparecimento gradual dos últimos obstáculos para a plena soberania das colónias desde o começo da segunda metade do século XIX. Nesse período, é dada autonomia às colónias de maioria de população europeia, como o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e as regiões da África do Sul (Cabo, Orange, Natal e Transvaal), que ganham um estatuto de "domínios" (soberania quase total, mas leais à Coroa britânica), respectivamente, em 1867, 1901, 1907 e 1910. Aliás, já só dependiam da metrópole, até essa data, para assuntos externos e de defesa.
Estes domínios participarão ao lado da Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, o que origina uma nova organização do império, cada vez mais diminuto devido à independência daqueles domínios de população maioritariamente europeia, embora associados à Inglaterra através da Commonwealth (Estatuto de Westminster, 1931). Irlanda, Canadá e África do Sul aceitam o Estatuto nessa data, fazendo-o mais tarde a Austrália, em 1942, e a Nova Zelândia, em 1947, perdendo assim o vínculo ao Reino Unido, apesar de reconhecerem a soberania simbólica da Coroa britânica.
No resto do império - que o Egipto é a primeira colónia não-branca a abandonar -, de população basicamente autóctone, novas fórmulas de associação política e económica são adoptadas: na Índia, por exemplo, tenta-se aproximar a população da administração, embora com custos elevados. De facto, após a Segunda Guerra Mundial e com o despertar dos nacionalismos, Índia e Paquistão tornam-se independentes e a Irlanda passa a república.
As décadas seguintes serão o cenário histórico da desagregação do império, nomeadamente em África. Actualmente, depois da devolução de Hong Kong, em 1997, à China, o Império Colonial Britânico resume-se a Gibraltar, à Ilha de Man e às ilhas do Canal da Mancha, na Europa, o Território Britânico do Oceano Índico, Pitcairn e dependências no Pacífico, Ilhas Malvinas, Anguilla, Bermudas, Geórgia do Sul, as Ilhas Caimão, Turks e Caicos, Montserrat, Ilhas Virgens Britânicas e Santa Helena e dependências (Tristão da Cunha e Ascensão) no Atlântico..
Colonização espanhola
Os espanhóis começaram as suas explorações pelo ocidente, com a descoberta das "Índias ocidentais" por Cristóvão Colombo, em 1492, iniciaram imediatamente a colonização forçada do continente americano. Em meados do século XVI,a dengue tomou conta do pais que foi obrigado a pedir ao Império Espanhol que controlava quase toda a zona costeira das Américas, desde o Alasca à Patagónia, no ocidente, e desde o atual estado norte-americano da Geórgia, toda a América Central e o Caribe até à Argentina – com excepção do Brasil, que Portugal tinha conseguido manter graças à mediação do Papa (ver Tratado de Tordesilhas). Na África, a Espanha ocupou as Ilhas Canárias (cedidas por Portugal, em 1479), o Saara Ocidental (e partes de Marrocos) e a actual Guiné Equatorial. Na Ásia, a Espanha dominou as Filipinas e, na Oceania, as Ilhas Marianas e Carolinas.
Colonização francesa
A França demorou a conquistar terras devido a problemas internos, referentes a centralização política. As primeiras tentativas dos franceses para estabelecerem colónias no Brasil, em 1555, e na Florida, em 1564 (em Fort Caroline, actualmente Jacksonville, na Flórida), realizada por huguenotes, não tiveram sucesso, devido à vigilância dos portugueses e espanhóis. A tentativa seguinte foi em 1598, em Sable Island, no sueste da actual província da Nova Escócia do Canadá; esta colónia não teve abastecimentos e os 12 sobreviventes tiveram de voltar a França. A história do império colonial francês começou em 27 de Julho de 1605 com a fundação em Port Royal, actualmente Annapolis (igualmente na Nova Escócia), da colónia da Acadie. Em 1608, Samuel de Champlain funda Quebec, que passa a ser a capital da enorme, mas pouco povoada, colónia de Nova França (também chamada "Canada"), que tinha como objectivo o comércio de peles.
À medida que os franceses expandiam o seu império na América do Norte, também começaram a construir outro, menor, mas mais lucrativo, nas "Índias Ocidentais" (as Caraíbas). A ocupação da costa sul-americana começou em 1624 onde é hoje a Guiana Francesa e fundou uma colónia em Saint Kitts em 1627 (a ilha teve que ser partilhada com os ingleses até ao Tratado de Utrecht em 1713, quando a França o perdeu). A "Compagnie des Îles de l'Amérique", formada em 1664, estabeleceu as colónias de Guadeloupe e Martinica em 1635 e em Santa Lúcia em 1650. As plantações destas colónias foram mantidas por escravos trazidos de África. A resistência dos povos indígenas locais resultou na Expulsão dos Caribes em 1660. A mais importante possessão colonial francesa nas Caraíbas só foi conseguida em 1664, com a fundação da colónia de "Saint-Domingue" (o actual Haiti) na metade ocidental da ilha Hispaniola (enquanto os espanhóis dominavam a parte oriental). No século XVIII, Saint-Domingue tornou-se a mais rica colónia de plantações de cana-de-açúcar das Caraíbas. A parte oriental da ilha Hispaniola foi oferecida à França pela Espanha, depois da perda de Saint-Domingue com a Revolução Haitiana.
Em 1699, as possessões francesas na América do Norte expandiram-se ainda mais com a fundação da Louisiana perto do delta do Rio Mississippi; embora a França tivesse declarado soberania de toda a bacia do Mississippi, só tinha controlo efectivo na região costeira, perto das cidades de Mobile (Alabama) e New Orleans (fundada em 1718). Mais tarde, os Estados Unidos da América compraram a colónia francesa.
Na África, foi no Senegal que os franceses primeiro estabeleceram entrepostos em 1624, tendo-se depois expandido para o interior e para sul, formando, em 1880, a colónia do Sudão francês (actual Mali) e, nos anos que se seguiram ocupando a grande parte do Norte de África e da África ocidental e central. A França formou ainda colónias na Índia (Chandernagore em Bengala e Pondicherry no sueste, em 1673-1674) e, mais tarde, Yanam (1723), Mahe (1725) e Karikal (1739). No Oceano Índico, a França implantou-se na "Île de Bourbon" (actual Reunião), em 1664, "Île Royale" (Maurícia, em 1718) e Seychelles (1756). Durante os primeiros anos do reinado de Napoleão, o Egipto esteve também sob domínio francês por um curto período, mas apenas à volta do rio Nilo.
Colonização holandesa
Finalmente, os neerlandeses formaram, em 1602 a Companhia Neerlandesa das Índias Orientais (com o nome formal de Companhia Unida das Índias Orientais, ou "Vereenigde Oost-Indische Compagnie", em neerlandês, com a sigla VOC) - dois anos depois da formação da Companhia Inglesa das Índias Orientais – com o objectivo de tentar excluir os competidores europeus daquela importante rota comercial. Em 1605 mercadores neerlandeses armados capturaram o forte português de Amboyna (ou Ambon), nas Ilhas Molucas, em 1619, invadiram Jayakarta, que renomearam Batavia (o nome latino dos Países Baixos) e transformaram em sua capital e, em 1682, tomaram Bantam, que era o último porto importante ainda em mãos dos nativos. A partir dessa altura, a colónia das "Índias Orientais Neerlandesas" (actual Indonésia) passou a ser administrada pela VOC, até à sua liquidação em 1799 – pois já se tinha tornado mais poderosa que o próprio reino. Concentrando o seu monopólio nas especiarias, os neerlandeses encorajaram a monocultura: Amboyna para o cravinho, Timor para o sândalo e as Bandas para a noz moscada.
Em 1609, o explorador inglês Henry Hudson, ao serviço da VOC, tentou uma passagem para as "Índias" pelo noroeste e acabou descobrindo regiões da América do Norte, dando o seu nome ao Rio Hudson e à Baía de Hudson e proclamando as terras circundantes propriedade da VOC. Depois de algumas expedições, a primeira colónia foi fundada em 1615: Fort Nassau, em Castle Island, perto da actual cidade de Albany, capital do estado de Nova Iorque.
Em 1621, foi formada uma nova companhia para estabelecer um monopólio comercial neerlandês nas Américas e África ocidental, a Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (Westindische Compagnie or WIC), que pediu o reconhecimento da sua colónia de Novos Países Baixos como uma nova província, o que foi concedido em 1623 (nessa época, os Países Baixos tinham a designação de "República das Sete Províncias Unidas"). Em 1626, a WIC "comprou" a ilha de Manhattan aos índios e começou a construção do forte de Nova Amsterdão. No mesmo ano foi construído o Forte Nassau onde é hoje Gloucester, no estado de Nova Jersey e, mais tarde, outros entrepostos em Delaware e Filadélfia. Em 1655, os neerlandeses capturaram as colónias suecas de Nova Suécia e Forte Cristina. Entretanto, em África, os neerlandeses construiram outro Forte Nassau no actual Gana (nessa época, o país era governado pela Casa de Orange-Nassau).
Em 1664, tropas inglesas sob comando do Duque de York (que se tornou Jaime II de Inglaterra) atacaram os Novos Países Baixos e mudaram o nome de Nova Amsterdão para Nova Iorque. Este incidente levou à Segunda Guerra Anglo-Neerlandesa (1665-1667), que terminou com o Tratado de Breda, no qual os neerlandeses desistiam de Nova Amsterdão, em troca do Suriname. Entre 1673 e 1674, estes territórios foram novamente capturados pelos neerlandeses durante a Terceira Guerra Anglo-Neerlandesa e foram devolvidos à Inglaterra através do Tratado de Westminster.
Mais a sul, em plena rota das "Índias", Jan van Riebeeck, da Companhia Neerlandesa das Indias Orientais, fundou a Cidade do Cabo em 6 de Abril de 1652, no extremo sul da África. Durante os séculos XVII e XVIII, a Colónia Neerlandesa do Cabo viu chegar e instalarem-se calvinistas, principalmente dos Países Baixos, mas também da Alemanha, França, Escócia e doutros lugares da Europa. Estes calvinistas não conseguiram "disciplinar" os khoisan para as suas actividades agrícolas e quase os exterminaram nas guerras conhecidas como "Guerras do Desconhecido" ("Cape Frontier Wars"). Então, começaram a importar escravos da Indonésia, de Madagáscar e da Índia. Os descendentes destes escravos e dos colonos, passaram a ser mais tarde conhecidos como "Mulatos do Cabo" ("Cape Coloureds" ou "Cape Malays"), chegando a constituir cerca de 50 % da população da Província do Cabo Ocidental.
Nas Antilhas, a colonização neerlandesa começou em Sint Maarten, em 1620 (embora esta ilha tenha mudado de mãos pelo menos 16 vezes até 1816, quando foi permanentemente dividida entre a França e os Países Baixos). Seguiram-se Bonaire, em 1633, Curaçao, em 1634, Sint Eustatius, em 1635, Aruba, em 1636 e Saba, em 1640. Actualmente, estas ilhas formam as Antilhas Neerlandesas, que são ainda parte do Reino dos Países Baixos, embora autónomas.
Colonização portuguesa
império português
Pode dizer-se que a colonização recente do mundo iniciou-se com os descobrimentos e com a exploração das Ilhas Canárias pelos portugueses, no princípio do século XIV; a primeira ocupação violenta foi a conquista de Ceuta, também pelos portugueses, em 1415. Os navegadores continuaram a explorar a costa de África para sul e depois ao longo do Oceano Índico, chegando finalmente ao seu "destino", a Índia, onde ocuparam Goa, em 1510. Em 1511, Afonso de Albuquerque invadiu Malaca (sultanato na Malásia), estabelecendo aí o domínio português. Finalmente, chegaram à China, onde fundam a colónia de Macau, em 1557.
Entretanto, Pedro Álvares Cabral, ainda com a intenção de chegar à Índia, "descobre" o Brasil, em 1500; a partir de 1534 inicia-se a colonização do Brasil com a criação das primeiras capitanias. Ao longo destes cerca de dois séculos e meio, Portugal não estabeleceu verdadeiras colónias, limitando-se a construir entrepostos (que por vezes eram fortificados) para servirem de abastecimento aos navegadores que, nessa altura eram mais comerciantes que verdadeiros colonizadores. No entanto, quando encontravam resistência dos habitantes locais, atacavam e, por exemplo, em 1505 destruíram Kilwa Kisiwani (na actual Tanzânia).
Colonização russa

Os russos foram os últimos europeus a colonizarem as Américas. Na busca de expandir seu grandioso império, muitas expedições foram feitas na segunda metade do século XVIII na busca de uma passagem entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico. Descobriram o Alasca e as Ilhas Aleutas que rapidamente foram colonizadas. O Alasca era rico em madeira e peles de animais selvagens, tornando o Império Russo líder nestes mercados.
Por causa do intenso frio e da escassez de comida da região, colonos russos imigraram para o sul instalando-se na colônia de Fort Ross, no Noroeste dos EUA. A região era mais fresca além de ter um solo fértil e clima mediterrânico.
A colônia extinguiu-se em 1840. O povoamento do Alasca era cara demais para ser mantida pelo Império Russo. Por esse motivo, a Rússia vendeu a região aos Estados Unidos por 7,2 milhões de dólares.

NEOCOLONIALISMO

Industrialização e imperialismo

A Revolução Industrial, iniciada em meados do século XVIII, criou as condições para a consolidação do capitalismo, que evoluiu, modificou-se e partiu para a dominação política, econômica e cultural da África, da Ásia e da América Latina.

Cresce a produção industrial

Na última metade do século XIX, a economia capitalista tomou grande impulso em função da criação de novas indústrias, do avanço dos transportes e comunicação e do progresso técnico- científico. Todos esses fatores estavam interligados. Assim por exemplo, o progresso técnico-científico levou à utilização de outras fontes de energia (eletricidade e petróleo), contribuindo para a criação de novas indústrias nos setores químico e eletrotécnico. Por sua vez, o desenvolvimento industrial impulsionou a revolução dos transportes (locomotiva, motor a gasolina, automóvel, motor a diesel) e das comunicações (telégrafo, telefone, rádio). Essas inovações técnicas e o progresso dos meios de comunicação foram simultaneamente, efeito e causa do desenvolvimento do capitalismo. Ao mesmo tempo em que resultaram da aplicação de capitais em pesquisa científica, provocaram um fabuloso acúmulo de capitais nos países onde se localizaram, como Inglaterra, Bélgica, França, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Japão.
Essas transformações costumam ser caracterizadas como a Segunda Revolução Industrial, cujos os principais resultados foram: a expansão do comércio, a integração do comércio em escala mundial e a aceleração do processo produtivo. Por fim, essa fase foi marcada pela concentração da produção e do capital em torno de grandes empresas.

A produção e o capital

Com o desenvolvimento da industrialização, os gastos para montar e manter uma empresa aumentaram de modo exorbitante. As máquinas e as instalações tornaram-se muito caras. Os serviços de venda, transporte e propaganda, a obtenção de matéria-prima e o pagamento de salários exigiam investimentos cada vez mais numerosos.
Ao mesmo tempo, para enfrentar a concorrência, que também aumentava, era preciso manter os preços baixos. Assim, somente as empresas com grandes reservas de capital puderam resistir. Resultado: assistiu-se, em pouco tempo, a uma crescente concentração da produção e do capital em poucas empresas gigantescas. Era o nascimento dos trustes, holdings e cartéis.
Envolvidas em constantes disputas, as grandes empresas se viram obrigadas a pedir aos bancos empréstimos cada vez maiores. Aproveitando-se disso, os bancos foram se associando a elas. Com o tempo, passaram inclusive, a dirigi-las.
A medida que esse processo se desenrolou, o capitalismo industrial foi cedendo lugar ao capitalismo financeiro: etapa do capitalismo no qual a indústria, o comércio e a agricultura passaram a depender dos bancos.

Nasce o neocolonialismo

Ao decolarem rumo à industrialização, todas as nações capitalistas adotaram um conjunto de medidas protecionistas a fim de reservar seus mercados internos para as suas próprias indústrias. Em conseqüência disso e do crescimento da produção, passaram a necessitar de mercados, matérias-primas e áreas onde pudessem investir com a certeza de obter altos lucros. Decidiram, então, expandir-se em direção à África, à Ásia e a América Latina. O expansionismo dessas nações teve um caráter imperialista e neocolonialista.
O imperialismo consiste na dominação econômica (com reflexos políticos e culturais) de um país sobre o outro. Exemplo: a atuação inglesa no Brasil do século XIX. Já o neocolonialismo significa a dominação total de um país sobre outro. A maioria dos países africanos e asiáticos foi vítima do neocolonialismo, pois seus territórios foram conquistados e submetidos no plano econômico, político, administrativo, militar e cultural.
O colonialismo do século XIX (neocolonialismo), incrementado a partir de 1880, tem por base uma nova divisão econômica e política do mundo pelas potências capitalistas em ascensão. Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha experimentam um auge industrial e econômico a partir de 1870, seguidos pela França e Japão. Itália e Rússia ingressam na via da industrialização nesse mesmo período. Os monopólios e o capital financeiro de cada potência competem acirradamente pelo controle das fontes de matérias-primas e pelos mercados situados fora de seus países.
Na primeira metade do século XIX, a expansão européia foi limitada. A Inglaterra manteve seu domínio sobre a Índia, a parte mais importante de seu império ultramarino remanescente da época moderna e ocupou as cidades do Cabo e de Natal no sul da África. A França iniciou, em 1830, um longo processo de colonização da Argélia (norte da África).
A partir de 1870, o forte crescimento industrial, a intensa competição por mercados, a passagem do capitalismo à fase do capitalismo monopolista e a grave crise econômica de superprodução levaram os governos da Inglaterra, da França, da Alemanha, dos Estados Unidos e mais tarde do Japão a assumirem uma política expansionista em busca de novos mercados e áreas de investimentos, dando origem ao IMPERIALIS MO.
Essa política resultou na repartição quase completa da África na ocupação de vastos territórios da Ásia ou sua subordinação a influência européia.
A burguesia européia, na busca crescente de lucros passou a financiar a exploração de minas, as monoculturas, a eletrificação de cidades e a construção de portos, pontes, canais e ferrovias, a fim de favorecer o setor exportador de cada região sob sua influência. Assim, a dominação econômica de caráter mais geral trazida pelo Imperialismo, acrescentou-se a dominação política, quase sempre estabelecida através da conquista militar, caracterizando uma nova forma de Colonialismo.
Para a burguesia, o Estado que até então existia para preservar a propriedade e a segurança de seus cidadãos, deveria agora apoiar a política imperialista, garantindo o capital investido fora da Europa. "Nesse momento, ela (a burguesia) abandona a postura liberal, ou seja, de não intervenção do Estado em questões econômicas, para preservar sua taxa de lucro, deixando também de ser pacifista e humanista". (Arendt, Hannah. 0 Sistema Totalitário. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1978, p. 201.)
A posse de colônias significava ter o "status" de potência e não possuí-las era reconhecer uma situação de inferioridade em relação aos demais países industrializados. Nesse sentido, o Imperialismo esteve também ligado ao desenvolvimento do nacionalismo e converteu-se numa política nacional seguida pelos Estados europeus, financiados por fundos públicos e apoiada pela criação de aparelhos administrativos nas regiões ocupadas.
Justificando a dominação
Para justificar a dominação sobre os outros povos, os europeus do século XIX usaram três argumentos principais:

1º) O europeu estava destinado a levar a civilização (o progresso técnico-científico e os “bons costumes”) aos povos não europeus.

2º) A “raça branca” é superior às outras (esse argumento está contido nas teorias raciais da época).

3º) As nações cristãs tinham o dever de cristianizar todos os
povos que viviam mergulhados na “superstição” e na barbárie.

Valendo-se desses argumentos elitistas e racistas, as grandes potências industriais exploraram e mataram milhões de nativos da África e da Ásia, enquanto dividiam entre si as riquezas desses vastos continentes.

Tipos de colônia – O neocolonialismo desenvolve política que tem por eixo dois tipos de colônia: as colônias comerciais e as colônias de assentamento. As colônias comerciais devem fornecer matérias-primas e, ao mesmo tempo, constituir-se em mercados privilegiados para produtos e investimentos de capitais das metrópoles. As colônias de assentamento servem de áreas de recepção dos excedentes populacionais das metrópoles.

REVOLUÇÃO INGLESA

A Inglaterra atual faz parte do Reino Unido, com a Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte.Essa união política tem suas raizes na Revolução Inglesa,ocorrida em meados do século XVII.
Do início do século XVI,até medos do século XVII, a Inglaterra foi governada por reis dentro do Regime Absolutista, que foi duramente combatido por: comerciantes, donos de manufaturas e proprietários rurais, que formavam a Câmara dos Comuns,além da Câmara dos Lordes, que representava a nobreza ou a aristocracia.
Absoluismo Inglês
O Absolutismo na Inglaterra esteve presente nas dinastias de Tudor e Stuart. A monarquia inglesa, desde o século XIII, apresentava uma característica peculiar: a existência de um Parlamento. Isto representava uma certa limitação do poder real. Esse quadro começou a mudar com a Guerra dos Cem Anos, a monarquia inglesa passou a contar com o apoio da nobreza, dando início a um processo de fortalecimento que se estendeu ao longo de toda duração da guerra. Entretanto, com o final da guerra e a conseqüente derrota inglesa, deu-se uma desvalorização da monarquia, um enfraquecimento do Exército e uma crise econômica. Esses elementos influenciaram uma disputa dos setores descontentes da nobreza pelo poder real. Essa reação deu origem à Guerra das Duas Rosas (1455-1485), que durante trinta anos dilacerou o território inglês.
A dinastia Tudor
O final dessa guerra deu-se com um acordo entre Henrique Tudor (Henrique VII) e a família York. Ocorreu um conseqüente casamento entre Henrique e Isabel de York, significando um pacto entre os setores mais importantes da nobreza inglesa.
Assim iniciou-se a dinastia Tudor e coube ao filho de Henrique VII (1509-1547), Henrique VIII, eliminar o único poder que ainda oferecia perigo a nobreza: O poder da Igreja Católica na Inglaterra. E assim o fez através da Reforma Anglicana.
Ao mesmo tempo em que trazia para si o poder até então exercido pela Igreja, Henrique VIII confiscou todas as suas terras, usando-as para distribuir à nobreza em troca de apoio político. Além disso, durante seu governo, iniciou-se um intenso desenvolvimento comercial, com investimentos na marinha mercante, possibilitando intensos lucros para os comerciantes e para o Estado. A política de Henrique VIII conseguiu trazer o apoio total do Parlamento, que passou de órgão limitador do poder real para instrumento de limitação deste poder.
O sussessor e filho de Henrique VIII, Eduardo VI (1547-1553) deu prosseguimento à política religiosa de seu pai, mas sua irmã Maria I (1553-1558) casada com Felipe II, rei da Espanha, restabeleceu o catolicismo e perseguiu ferozmente os protestantes. Elizabeth I (1558-1603), filha mais nova de Henrique VIII restabeleceu o anglicanismo.
Os três principais reis abdolutistas da Inglaterra pertenceram a dinastia Tudor e foram Henrique VII, Henrique VIII e Elizabeth I. Estes reis desenvolveram a Inglaterra e a transformaram em uma das maiores potências marinha e militar, daquela época.
Conspiração Católica
Maria Stuart, rainha da Escócia, com apoio católico e de seu cunhado Felipe II(rei da Espanha), por também ser católica, conspira contra Elizabeth I(sua prima) para tomar o trono da Inglaterra. A conspiracao e revelada e Elizabeth procura e executa os envolvidos, com exceção de Maria e Felipe: por haver o risco de se formar uma revolucao catolica em seu pais para derruba-la, e também o risco do herdeiro escosses (Jaime I) iniciar uma guerra contra a Inglaterra, para vingar o zina. Elizabeth então oferece o trono ingles a Jaime, se este aceitasse a morte de sua mae em troca.
Dinastia Stuart
Com a morte de Elizabeth I, o trono passou para Jaime VI, rei da Escócia, primo distante de Elizabeth. Jaime assumiu com o nome de Jaime I iniciando um período conturbado. A burguesia fortalecida com o grande desenvolvimento econômico, atingido durante a dinastia Tudor, passa a reivindicar direitos políticos e igualdade com a nobreza. Ao mesmo tempo, o processo de Cercamentos gerara uma massa de ex-camponeses miseráveis que sofreram como animais, concentrados nas grandes cidades, representando um forte elemento de tensão social e de oposição ao rei. Carlos I (1625-1648), filho de Jaime I, buscando reforçar o absolutismo, fixou novos impostos sem aprovação parlamentar. Em 1628, as despesas causadas pela guerra com a França obrigaram o rei a convocar o Parlamento hostil que lhe impôs a Petição dos Direitos. O controle da política financeira e da convocação do exército do zina passaram a ser de incompetência do Parlamento, que seria convocado regularmente.
Processo revolucionário
Parlamento: estourava a guerra civil

O rei fez de Oxford seu quartel-general. Convidou o príncipe Rupert para comandar cerca de 20 000 homens do exército de cavaleiros, apoiado por aristocratas do oeste e norte, bem como burgueses inquietos com a desordem popular. Oliver Cromwell organizou em novo estilo 0 exército do Parlamento, composto sobretudo por camponeses, com apoio da burguesia londrina e da gentry: a ascensão se dava não por nascimento, mas por merecimento. Estimulou-se entre os soldados a participação em comitês que debatiam os problemas. Os cabeças redondas (porque não usavam perucas) foram decisivos na batalha final de Naseby, em 1645. Carlos I se refugiou na Escócia, foi preso e vendido pelo Parlamento escocês ao Parlamento inglês.
Criou-se novo problema: setores do Parlamento, achando oportuno o momento para um acordo vantajoso com a realeza, passaram a conspirar com o rei contra o exército. Este estava organizado e influenciado por radicais, como os niveladores, que queriam evitar a desmobilização e o não-pagamento dos salários, como pretendia o Parlamento. Aprofundou-se a diferença entre os grandes do exército e suas bases de niveladores, com projeto avançado para a época. Eles tentaram assumir o controle do exército em 1647 e o rei aproveitou para fugir de novo. O exército se reunificou, prendeu o rei e depurou o Parlamento. Foram presos 47 deputados e excluídos 96: era o Parlamento Coto (Rump). Carlos I foi decapitado em 30 de j janeiro de 1649, a Câmara dos Lordes abolida e a República proclamada em 19 de maio.

Revolução Inglesa

A Revolução Inglesa do século XVII representou a primeira manifestação de crise do sistema da época moderna, identificado com o absolutismo. O poder monárquico, severamente limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime parlamentarista que permanece até hoje. O processo começou com a Revolução Puritana de 1640 e terminou com a Revolução Gloriosa de 1688. As duas fazem parte de um mesmo processo revolucionário, daí a denominação de Revolução Inglesa do século XVII e não Revoluções Inglesas.
Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a Revolução Industrial do século XVIII, limpando terreno para o avanço do capitalismo. Deve ser considerado a primeira revolução burguesa da história da Europa: antecipou em 150 anos a Revolução Francesa.

Surgem as condições

A Inglaterra atingiu no século XVII notável desenvolvimento, favorecido pela monarquia absolutista. Henrique VIII e Elizabeth I unificaram o país, dominaram a nobreza, afastaram a ingerência papal, criaram a igreja a nacional inglesa, confiscaram terras da Igreja Católica e passaram a disputar os domínios coloniais com os espanhóis. Tais tarefas agradaram à burguesia, mas agora o poder absolutista tornava-se incômodo, pois barrava o avanço da burguesia mercantil. Grande parte dos recursos do Estado vinham da venda de monopólios, como aqueles sobre comércio exterior, sal, sabão, alúmen, arenque e cerveja a, que beneficiavam um pequeno grupo, a burguesia financeira. E prejudicavam a burguesia comercial, sem liberdade para suas atividades, e os artesãos, que pagavam caro por alúmen e produtos indispensáveis a seu trabalho. Ao mesmo tempo, a garantia de privilégios às corporações de ofício impedia o aumento da produção industrial, pois eles limitavam a entrada de novos produtores nas áreas urbanas. Outro problema econômico estava no campo. A alta de preços e a expansão do consumo de alimentos e matérias-primas, como a lã, valorizaram as terras. Isto despertou a cobiça dos produtores rurais. Eles tentavam aumentar suas posses através dos cercamentos, isto é, tentavam transformar em propriedade privada as terras coletivas, devolutas ou sobre as quais havia uma posse precária. Tais ações expulsavam posseiros e criavam grandes propriedades, nas quais se investia capital para aumentar a produção. O Estado, para preservar o equilíbrio social necessário a sua existência, barrava os cercamentos e punha contra si dois setores poderosos: a burguesia mercantil e a nobreza progressista rural, a gentry.
No plano político, havia o conflito entre rei e Parlamento. A este, instituído pela Carta Magna de 1215, cabia o poder de direito, isto é, legítimo. Mas os Tudor exerceram o poder de fato, convocando pouco o Parlamento. As classes aí representadas não se opuseram ao absolutismo porque correspondia a seus interesses. O rei promovia desenvolvimento. No século XVII, o Parlamento pretendia transformar seu poder de direito em poder de fato. O rei correu a legitimar seu poder, que era de fato. Só havia uma forma: considerar o poder real de origem divina, como na França.
A luta política desenvolveu-se então no campo religioso e os reis manipularam a religião para aumentar seu poder. No século XVI, os Tudor haviam dado ênfase ao conteúdo do anglicanismo, isto é, seu lado calvinista, favorecendo a burguesia. Agora, os Stuart ressaltavam a forma católica do anglicanismo, identificando-se com a aristocracia, contra a burguesia. Claro, através do catolicismo era mais fácil justificar a origem divina do poder real. O Parlamento, dominado pela burguesia mercantil e a gentry, radicalizou suas posições e identificou-se com o puritanismo (forma mais radical do calvinismo), que rejeitava o anglicanismo.
A Revolução Puritana foi o resultado da luta entre burguesia e realeza pelo controle político do país.

Os Stuart e a pré-revolução

Elizabeth morreu em 1603 sem deixar herdeiros e Jaime I, rei da Escócia, assumiu o trono. Ele procurou estabelecer as prerrogativas reais implantando uma monarquia absoluta de direito divino. Perseguiu seitas radicais e até os católicos, que organizaram a Conspiração da Pólvora em 1605 (pretendiam explodir Westminster durante um discurso do rei). Os descontentes emigravam para a América do Norte.
A oposição entre rei e Parlamento ficou evidente a partir de 1610. O rei queria uma ocupação feudal na Irlanda; o Parlamento, uma colonização capitalista. Discordaram quanto aos impostos, pois o rei pretendia o monopólio sobre o comércio de tecidos, o que o tornaria independente do Parlamento financeiramente, considerando-se que já possuía rendas de suas próprias terras e de outros monopólios.
Com a morte de Jaime I em 1625, sobe ao trono seu filho Carlos I. Em 1628, guerras no exterior o obrigam a convocar um Parlamento hostil, que lhe impõe a Petição dos Direitos. Os membros da casa exigiam o controle da política financeira, controle da convocação do exército e regularidade na convocação do Parlamento, já que lhe negaram a aprovação de rendas fixas. O rei dissolveu o Parlamento, que só voltaria a reunir-se em 1640, ano da Revolução.
Carlos I apoiou-se na Câmara Estrelada, tribunal ligado ao Conselho Privado do rei. Dentre seus assessores, destacaram-se o Conde de Strafford e o arcebispo Laud, de Canterbury, responsáveis pela repressão violenta do período. Cresceu a emigração para a América. O rei passou a cobrar impostos caídos em desuso, como o Ship Money, instituído em cidades portuárias para combater a pirataria e agora estendido a todo o reino. Como a forma de enquadrar os dissidentes era a política religiosa, Carlos tentou uniformizar o reino, impondo o anglicanismo aos escoceses, calvinistas. Eles se rebelaram e invadiram o norte inglês. O rei convocou o Parlamento em abril de 1640 e o dissolveu em seguida. Em novembro, sem opções, convocou-o de novo. Foi o Longo Parlamento, pois se manteve até 1653.

O movimento de 1640

O Parlamento foi duro com o rei. Destruiu a Câmara Estrelada. Strafford foi executado em 1641 e Laud, em 1645. O rei não poderia mais ter exército permanente. O Parlamento se reuniria a cada três anos independentemente de convocação real; e conduziria a política tributária e religiosa. Acusou o rei de responsável pelo levante na Irlanda católica em 1641 e lhe dirigiu a Grande Remonstrance (repreensão). Em janeiro de 1642, o rei foi ao Parlamento e exigiu a prisão de cinco líderes oposicionistas. Houve reação violenta, sustentada nas milícias urbanas convocadas em apoio ao Parlamento.

Parlamento: estourava a guerra civil

O rei fez de Oxford seu quartel-general. Convidou o príncipe Rupert para comandar cerca de 20 000 homens do exército de cavaleiros, apoiado por aristocratas do oeste e norte, bem como burgueses inquietos com a desordem popular. Oliver Cromwell organizou em novo estilo 0 exército do Parlamento, composto sobretudo por camponeses, com apoio da burguesia londrina e da gentry: a ascensão se dava não por nascimento, mas por merecimento. Estimulou-se entre os soldados a participação em comitês que debatiam os problemas. Os cabeças redondas (porque não usavam perucas) foram decisivos na batalha final de Naseby, em 1645. Carlos I se refugiou na Escócia, foi preso e vendido pelo Parlamento escocês ao Parlamento inglês.
Criou-se novo problema: setores do Parlamento, achando oportuno o momento para um acordo vantajoso com a realeza, passaram a conspirar com o rei contra o exército. Este estava organizado e influenciado por radicais, como os niveladores, que queriam evitar a desmobilização e o não-pagamento dos salários, como pretendia o Parlamento. Aprofundou-se a diferença entre os grandes do exército e suas bases de niveladores, com projeto avançado para a época. Eles tentaram assumir o controle do exército em 1647 e o rei aproveitou para fugir de novo. O exército se reunificou, prendeu o rei e depurou o Parlamento. Foram presos 47 deputados e excluídos 96: era o Parlamento Coto (Rump). Carlos I foi decapitado em 30 de j janeiro de 1649, a Câmara dos Lordes abolida e a República proclamada em 19 de maio.

A República e Cromwell

O Parlamento sofreu nova depuração. Um Conselho de Estado, com 41 membros, passou a exercer o Poder Executivo. De fato, quem o exercia era Cromwell; ele procurou eliminar a reação realista que, com apoio escocês, tentava pôr no trono Carlos II, filho de Carlos I. Cromwell também eliminou os radicais do exército. Os líderes niveladores foram executados; os escavadores, do movimento proletário rural que pretendia tomar terras do Estado, da nobreza e do clero anglicano, foram dizimados. Liquidado o movi¬mento mais democrático dentro da Revolução Inglesa, os menos favorecidos ficaram sem esperanças e aderiram a movimentos religiosos radicais, como os ranters e os seekers.
Em 1653, foi dissolvido o que restava do Longo Parlamento. Uma nova Constituição deu a Cromwell o título de Lorde Protetor. Tinha poderes tão tirânicos quanto os da monarquia. Ofereceram-lhe a coroa, mas ele recusou: já era um soberano e podia até fazer o sucessor. Para com¬bater os rivais holandeses e fortalecer o comércio exterior inglês, baixou o Ato de Navegação. As mercadorias inglesas somente podiam entrar em portos ingleses em navios ingleses ou em navios de seus países de origem. Cromwell governou com rigidez e intolerância, impondo suas idéias puritanas. O filho Richard Cromwell o substituiu após sua morte em 165 8 e, pouco firme, foi facilmente deposto em 1659.
A Restauração e a Gloriosa

Com apoio do general Monk, comandante das tropas da Escócia, o Parlamento-Convenção pro¬clamou Carlos II rei em 1660. Com poderes limitados, ele se aproximou de Luís XIV da França, tornando-se suspeito para o Parlamento. Uma onda contra-revolucionária sobreveio, favorecida por um Parlamento de Cavaleiros, composto por nobres realistas e anglicanos em sua maioria. O corpo de Cromwell foi desenterrado e pendurado na forca. O poeta Milton foi julgado e condenado. Carlos II baixou novos atos de navegação em favor do comércio inglês. Sua ligação com Luís XIV levou-o a envolver-se na Guerra da Holanda. O Parlamento baixou então, em 1673, a Lei do Teste, pela qual todos os que exercessem função pública deveriam professar seu antianglicanismo. Surgiram dois partidos: os whigs, contra o rei e pró-Parlamento; os tories, defensores das prerrogativas reais.
Jaime II, irmão de Carlos II, subiu ao trono mesmo sendo católico. Buscou restaurar o absolutismo e o catolicismo, punindo os revoltosos, aos quais negava o habeas-corpus. Indicou católicos para funções importantes. Em 1688, o Parlamento convocou Maria Stuart, filha de Jaime II e mulher de Guilherme de Orange, governador das Províncias Unidas, para ocupar o trono. Foi um movimento pacífico. Jaime II refugiou-se na França e um novo Parlamento proclamou Guilherme e Maria rei e rainha da Inglaterra.
Os novos soberanos tiveram de aceitar a Declaração dos Direitos, baixada em 1689, que decretava: o rei não podia cancelar leis parlamentares e o Parlamento poderia dar o trono a quem lhe aprouvesse após a morte do rei; haveria reuniões parlamentares e eleições regulares; o Parlamento votaria o orçamento anual; inspetores controlariam as contas reais; católicos foram afastados da sucessão; a manutenção de um exército em tempo de paz foi considerada ilegal.
Os ministros passaram a tomar as decisões, sob autoridade do lorde tesoureiro. Funcionários passaram a dirigir o Tesouro e, em época de guerra, orientavam a política interna e externa. Em 1694, formou-se o tripé fundamental para o desenvolvimento do país, com a criação do Banco da Inglaterra: o Parlamento, o Tesouro e o Banco.
Abriam-se as condições para o avanço econômico que resultaria na Revolução Industrial. De um lado, uma revolução na agricultura através dos cercamentos que beneficiou a gentry. De outro, a expansão comercial e marítima garantida pelos Atos de Navegação, que atendiam aos interesses da burguesia mercantil. Assim se fez a Revolução Gloriosa, que assinalou a ascensão da burguesia ao controle total do Estad

HEBREUS, PERSAS E FENÍCIOS

HEBREUS, FENÍCIOS E PERSAS




Além dos Mesopotâmios e Egípcios, outros povos orientais deixaram um importante legado que sobrevive ate os dias atuais. Um de seus legados foram o monoteísmo, a navegação e conquistas, marcando, cada um a seu modo, História.
• HEBREUS

Povos de origem semita, ocuparam uma estreita faixa de terra na região que hoje se conhece como Oriente Médio, ocupando áreas do deserto da Arábia. Vários foram os povos que ocuparam esta região. Um de seus legados foi a tradição religiosa que passaria a ser base de grandes religiões monoteístas do mundo.
Os Hebreus se consideravam os escolhidos de Deus(Yavé ou Jeová) pois diziam ter recebido Dele, através de um anjo, uma terra que estava prometida (Canaã). Abraão, obedecendo uma ordem divina, conduziu o povo escolhido para a Terra Prometida. A partir deste evento, inicia-se os períodos de divisão da História dos Hebreus.

- Período dos Patriarcas

Conduzidos por Abraão a Terra Prometida, estabeleceram-se na Palestina chefiados pelos patriarcas, quem além de chefe militar e político, exercia também a função de juiz e controlava a política e a moral do local.
Por volta de 1750, por falta de alimentos, os Hebreus migraram para o Egito, que neste período está sob domínio dos Hicsos. Após sofrer perseguições e serem escravizados, os Hebreus foram conduzidos por Moisés de volta a Palestina (o Êxodo). Nesta volta a Palestina, Moisés recebeu de Yavé, no Monte Sinai, as Tábuas da Lei.

- Período dos Juízes

De volta a Palestina, os hebreus tiveram que lutar contra os povos que estavam ocupando esta região, cananeus e filisteus. Por ser formado por diversas tribos, era eleito um líder para comandar o Exército temporariamente.
Após a expulsão dos cananeus e filisteus, houve uma mudança nos hábitos dos hebreus. De pastores nômades passaram a ser agricultores sedentários. A partir destas mudanças, surge uma Monarquia. Os principais juízes deste período foram Sansão, Gedeão e Samuel.

- Período dos Reis

Os constantes conflitos com outros povos foram determinantes para a formação de uma monarquia. Saul, o primeiro rei, consegue através de guerras conquistas militares. Entretanto, após algumas derrotas, Saul passou a ser criticado pelos chefes das tribos e suicidou-se.
Davi, sucessor de Saul, conquistou Jerusalém com uma organização estatal melhor do que seu antecessor. O filho de Davi assume o governo após sua morte. O governo de Salomão é considerado o apogeu da monarquia. Além de fortalecer seu poder, criou uma administração estatal eficiente, expandiu o comércio com outros Estados e realizou construções luxuosas, como a construção do Templo de Jerusalém. Para as construções de luxo, investiu em uma maior cobrança de impostos e passou recrutar camponeses a força. Isto fez com que o povo reprovasse suas atitudes.
Após a morte de Salomão, houve uma crise política que acabou por dividir o reino em Reino de Israel, com capital em Samaria, e em Reino de Judá, com capital em Jerusalém. Desde então, o império passa por crises e freqüentes invasões. Ocorre o Cativeiro da Babilônia, onde os hebreus são presos e cativos pelos Caldeus.
Com as sucessivas conquistas dos outros povos há uma separação e, consequente dispersao (Diáspora), dos hebreus pelo mundo com a destruição do segundo Templo de Jerusalém pelos romanos.
Só em 1948, a ONU(Organização das Nações Unidas) vai criar o Estado de Israel.

# O Monoteísmo

Os Hebreus formaram uma sociedade patriarcal os quais acreditavam em um deus único. A Torá, um dos livros sagrados, compoe o Antigo Testamento, que serve como uma fonte historica dos hebreus.

• FENICIOS

O território onde localizava-se a Fenícia corresponde ao atual Estado do Líbano. É uma estreita faixa de terra espremida pelos Montes Carmelo e Líbano e o Mar Mediterrâneo.
Composta de várias cidades autônomas onde cada uma tinha o seu líder, “o sufeta”. As cidades que se destacaram mais com o comércio marítimo foram Cartago, Tiro, Biblos e Sidon. A não existência de um Estado unificado vai favorecer a formação de uma “plutocracia”, ou seja, os mais ricos eram os detentores de poder e tinha grande influencia social. No topo social, ficavam os grandes comerciantes, armadores e sacerdotes. Pequenos artesãos, trabalhadores livres do campo e escravos formavam o resto da sociedade.
Cada cidade possuía seu deus principal. Possuiam um religiao de carater animista.
As atividades pesqueiras estimularam o comércio marítimo com outras regiões. Inicialmente praticava-se o escambo. Com o aumento dos lucros, houve uma cunhagem da moeda. O comércio de madeira, a construção naval, a metalurgia e a produção têxtil ganharam destaque. Importavam marfim, tecidos, cavalos, ferro, chumbo entre outros produtos. Criaram feitorias nas regiões por onde passavam, estimulando o comércio.
Após a sucessão de conquistas por outros povos, a única cidade a resistir foi Cartago até a conquista dos romanos nas Guerras Púnicas.

- O alfabeto

Para melhor controlar as transações comerciais, os Fenícios criaram símbolos para facilitar as comunicações com outros povos. Este alfabeto vai ser modernizado pelos gregos e adotado pelos romanos, sendo a raiz do alfabeto ocidental.

• PERSAS

Conhecidos por terem sido grandes conquistadores de terras, conseguiram conquistar todos os povos da região do Crescente Fértil só parando perante os gregos nas Guerras Médicas e ,posteriormente, a derrota para Alexandre da Macedônia.
Povo de origem indo européia, ocuparam uma área desértica ao leste da Mesopotâmia no Planalto do Irã. Os medos, que também ocupavam o mesmo território, dominaram os persas por vários séculos até o aparecimento de Ciro, rei da Pérsia, que conseguiu vencer os medos, dando inicio a expansão do Império Persa. Foram conquistados os reinos da Lídia, os Caldeus e a Palestina. Ciro tinha uma política de tolerância com relação aos povos conquistados. Após sua morte, seu filho Cambises, conquista o Egito na Batalha de Pelusa.
A morte de Cambises vai levar ao poder Dario I, responsável pelo apogeu do Império Persa. Há uma expansao territorial até o Mar Negro e a fronteira com a Índia. Ao tentar conquistar a Grécia, Dario vai sofrer sua primeira derrota e conseqüente desintegração do império, até a conquista de Alexandre.

- Forma de governar

Por uma questao de melhor administraçao do vasto império persa, Dario criou um sistema de províncias, as Satrapias, cada uma governada pelo sátrapa. Criou um sistema de impostos e nomeou funcionários como os “Os olhos e ouvidos do rei”. Cria o dárico, moeda, para facilitar as transações comerciais dentro do império.
Constrói um sistema de estradas pavimentadas que ligavam todos os pontos do reino, além de um sistema de correios que facilitava a questao administrativa das satrapias.

- Bem X Mal

Os persas foram influenciados pela cultura dos povos subjugados. Suas construções e arte são muito parecidas com a do Egito.
A religião de caráter dualista criada por Zaratrusta ou Zoroastro. Pregava a existência das forças do bem (Ahura-Mazda) e do Mal (Arimã), onde o ser humano tinha o direito de escolher qual caminho seguir.

INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

DOS ESTADOS UNIDOS
Antes da Independência, os EUA eram formado por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos.
Colonização dos Estados Unidos
Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:
• Colônias do Norte : região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno.
• Colônias do Sul : colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura.
Guerra dos Sete Anos
Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra.
Metrópole aumenta taxas e impostos
A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa), Lei do Selo ( todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).
Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston ( The Boston Tea Party ). Vários colonos invadiram, a noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade.
Primeiro Congresso da Filadélfia
Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia.
Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de independência.
Segundo Congresso da Filadélfia
Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha.
Constituição dos Estados Unidos
Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.

VARGAS

PRIMEIRO GOVERNO DE VARGAS (ERA VARGAS)



A Era Vargas é o nome que se dá ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos ininterruptos (de 1930 a 1945). Essa época foi um divisor de águas na história brasileira, por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas.

Revolução de 1930
Até o ano de 1930 vigorava no Brasil a República Velha, conhecida hoje como o primeiro período republicano brasileiro. Caracterizada por uma forte centralização do poder entre os partidos políticos e a conhecida aliança política "café-com-leite" (entre São Paulo e Minas Gerais), a República Velha tinha grande embasamento na economia cafeeira e, portanto, mantinha vínculos com grandes proprietários de terras.
Existia, de acordo com as políticas do "café-com-leite", um revezamento entre os presidentes apoiados pelo Partido Republicano Paulista (PRP), de São Paulo, e o Partido Republicano Mineiro (PRM), de Minas na presidência do Brasil. O presidente de um partido era influenciado pelo outro partido. Assim, dizia-se: "nada mais conservador que um liberal no poder".
O Golpe do Exército
Após indicar um outro paulista para a sucessão presidencial, Washington Luís desagradou à oligarquia mineira,que se uniu a outras oligarquias, como a do Rio Grande do Sul. Júlio Prestes, o indicado de Washington,conseguiu a vitória, mas ela não foi concedida, pois a Aliança Liberal (nome dado aos aliados gaúchos, mineiros e paraibanos) alegava fraudes eleitorais. Os estados aliados, principalmente o Rio Grande do Sul, arquitetaram uma revolta armada.A situação piorou ainda mais quando o candidato à vice-presidente de Getúlio Vargas, João Pessoa, foi assassinado em Recife, capital de Pernambuco. Como os motivos dessa morte foram escusos, a propaganda getulista aproveitou-se disso para usar em seu favor, pondo a culpa na oposição, além da crise econômica acentuada pela crise de 1929; a indignação, portanto, aumentou, e o Exército - que era contrário ao governo vigente desde o tenentismo - se mobilizou a partir de 3 de Outubro de 1930, também contando com os oficiais de alta patente. No dia 10, uma junta governamental foi formada pelos generais do Exército. No mês seguinte, dia 3 de novembro, Júlio Prestes foi deposto e fugiu junto com Washington Luís e o poder então foi passado para Getúlio Vargas, iniciando a Era Vargas, um período de 15 anos que marcou a história do país.
A Era Vargas
Governo Provisório (1930 - 1934)
Nomeado presidente, Getúlio Vargas usufruia de poderes quase ilimitados e, aproveitando-se deles, começou a tomar políticas de modernização do país. Ele criou, por exemplo, novos ministérios - como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde -, e nomeou interventores de estados. Na prática, os estados perdiam grande parte da sua autonomia política para o presidente. Continuou com a Política de Valorização do Café (PVC) e criou o Conselho Nacional do Café e o Instituto do Cacau atendendo assim a algumas das reivindicações das oligarquias cafeeiras.
A Getúlio Vargas também é creditado, nesta época, a Lei da Sindicalização, que vinculava os sindicatos brasileiros indiretamente - por meio da câmara dos deputados - ao Presidente. Vargas pretendia, assim, tentar ganhar o apoio popular, para que estes apoiassem suas decisões (a política conhecida como populismo). Assim sendo, houve, na Era Vargas, grandes avanços na legislação trabalhista brasileira, muitos deles não devidos exatamente a Vargas - a quem cujo crédito maior é o estabelecimento da CLT - mas sim por parte de parlamentares constituintes do período. Mudanças essas que perduram até hoje.
Revolução Constitucionalista de 1932
Em 1931, Getúlio Vargas derruba a Constituição brasileira, reunindo enormes poderes no Brasil. Isso despertou a indignação dos opositores, principalmente oligarcas e a classe média paulista, que estavam desgostosos com o governo getulista. A perda de autonomia estadual, com a nomeação de interventores, desagradou ainda mais. Por mais que Getúlio tenha percebido o erro e tentado nomear um interventor oligarca paulista, os paulistas já arquitetavam uma revolta armada, a fim de defender a criação de uma nova Constituição.
Quando quatro jovens estudantes paulistanos (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) são assassinados no dia 23 de Maio de 1932, diversos setores da sociedade paulista se mobilizam com o evento, e toda a sociedade passa a apoiar a causa constitucional. No dia 9 de Julho do mesmo ano, a revolução explode pelo estado. Os paulistas contavam com apoio de tropas de diversos estados, como Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul, mas Getúlio Vargas foi mais rápido e conseguiu reter esta aliança, isolando São Paulo. Sem qualquer apoio, os flancos paulistas ficaram vulneráveis, e o plano de rápida conquista do Rio de Janeiro transformou-se em uma tentativa desesperada de defender o território estadual. Sem saída, o estado se rende em 28 de Setembro.
Mesmo com a vitória militar, Getúlio Vargas atende alguns pedidos dos republicanos, e aprova a Constituição de 1934.
O estado de São Paulo não conseguiu a adesão de praticamente nenhum outro estado brasileiro. Os paulistas, chefiados por Isidoro Dias Lopes, permaneceram isolados, sem adesão das demais unidades da federação, excetuando um pequeno contingente militar vindo do Mato Grosso, sob o comando do general Bertoldo Klinger. Claramente porque era uma revolução que era mais basicamente encabeçada pela elite do PRP - Partido Republicano Paulista - que, por meios de propagandas eficientes, conseguiu galgar apoio de diversos setores da sociedade paulista - taxando um ditador populista em uma cruel ditadura fascista.
Para reprimir a rebelião paulista, Getúlio Vargas enfrentou sérias dificuldades no setor militar, pois inúmeros generais simplesmente recusaram a missão, tendo em vista que estes temiam a ameaça de perder os cargos. Percebendo o débil apoio que tinha no seio da cúpula do Exército, e a fim de conquistá-lo, Vargas rompeu em definitivo com os tenentes, que não eram bem vistos pelos oficiais legalistas. Em 3 de outubro de 1932, em meio a crise militar e apesar dela, Getúlio conseguiu esmagar a revolta paulista.
O Governo Constitucionalista (1934 - 1937)
Getúlio Vargas convoca a Assembléia em 1933, e em 16 de Julho de 1934 a nova Constituição, trazendo novidades como o voto secreto, ensino primário obrigatório, o voto feminino e diversas leis trabalhistas. O voto secreto significou o fim do tão famigerado voto aberto preponderante na República Velha, onde os coronéis tinham a oportunidade de controlar os votos. A nova constituição estabeleceu também que, após sua promulgação, o primeiro presidente seria eleito de forma indireta pelos membros da Assembleia Constituinte. Getúlio Vargas saiu vitorioso.
Nessa mesma época, duas vertentes políticas começaram a influenciar a sociedade brasileira. De um lado, a extrema direita fundara a Ação Integralista Brasileira (AIB), de caráter fascista e pregando um Estado totalitário. Do outro, crescia a força de esquerda da Aliança Nacional Libertadora (ANL), inspirado no regime socialista da União Soviética, que também era totalitário.
Estes partidos possuíam carater nacional, diferentemente dos partidos dominantes durante a República Velha, que geralmente representavam o seu estado (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro...). Essa tendência persite até hoje.
Integralismo: Corrente que defendia o fascismo no Brasil, liderada por Plínio Salgado.
Aliancismo: Corrente que defendia a revolução socialista no Brasil através da Intentona Comunista, liderada por Luiz Carlos Prestes e Olga Prestes.
A revolta Mineira de 1935 (1935 - 1936)
Com a aprovação da nova constituição, Getulio Vargas obteve a aprovação da elite paulista e oligarca. Essa nova constituição ajudava a classe trabalhadora e conseguia agradar a elite paulista, porem os mineiros ficaram insatisfeitos com a nova constituição. Ela não auxiliava um estado que estava em estado de crise, desde o fim da Oligarquia Café-com-Leite, isso gerou revolta tanto por parte da elite quanto pelos trabalhadores, que com a crise estava sem trabalho nas cidades e fazendas.
Em 30 de fevereiro de 1935, e revolta se inicia. Minas contava com o apoio do Acre, Roraima e de Amapá para conseguir conquistar a independencia do país. Contando com apenas 300 soldados, a revolta consegue deter a guarda nacional por quase um ano e declara sua nova constituição. Ela ficou conhecida como Constituição Mineira.
A nova constituição retirava o voto das mulheres e voltava com o antigo método de produção escravista, embora isso tenha agradado a Roraima e o Amapá, o Acre não concordou e abandonou a aliança. Com a ajuda dos acreanos, a guarda nacional finalmente conseguiu deter Minas Gerais e integra-la novamente ao Estado Brasileiro. Em 25 de janeiro de 1936 a revolta é completamente desfeita[1].
O Plano Cohen
Getúlio Vargas sempre se mostrou contra o socialismo, e usou este pretexto para o seu maior sucesso político - o golpe de 1937. O PCB, que surgiu em 1922, havia criado a Aliança Nacional Libertadora, mas Getúlio Vargas a declarou ilegal, e a fechou. Assim, em 1935, a ANL (segundo alguns, com o apoio da Internacional Comunista Comintern) montou a Intentona Comunista, uma revolta contra Getúlio Vargas, mas que este facilmente conteve. Em 1937, os integralistas forjaram o "Plano Cohen", em que dizia-se que os socialistas planejavam uma revolução maior e mais bem-arquitetada do que a de 1935, e teria o amplo apoio do Partido Comunista da União Soviética. Os militares e boa parte da classe média brasileira, assim, apóiam a idéia de um governo mais fortalecido, para espantar a idéia da imposição de um governo socialista no Brasil. Com o apoio militar e popular, Getúlio Vargas derruba a Constituição de 1934,e declara o Estado Novo.
Estado Novo (1937 - 1945)
A constituição de 1937, que criou o "Estado Novo" getulista, tinha caráter centralizador e autoritário. Ela suprimiu a liberdade partidária, a independência entre os três poderes e o próprio federalismo existente no país, Vargas fechou o Congresso Nacional e criou o Tribunal de Segurança Nacional. Os prefeitos passaram a ser nomeados pelos governadores e esses, por sua vez, pelo presidente. Foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), com o intuito de projetar Getúlio Vargas como o "Pai dos Pobres" e o "Salvador da Pátria".
O Golpe de Estado de 1937

Em janeiro de 1938 deveriam ocorrer as eleições presidenciais. Porém, alegando a existência de um suposto plano comunista (Plano Cohen) e aproveitando o momento de instabilidade política pelo qual passava o país, Getúlio Vargas deu um golpe de estado em 10 de novembro de 1937. Vargas contou com o apoio de grande parte da população (principalmente da classe média com medo do comunismo) e dos militares. Começou assim um período ditatorial.

Após o golpe, Vargas fechou o Congresso Nacional e impôs um nova constituição (apelidada de “polaca”) com várias características anti-democráticas.

Realizações e fatos deste período:

- Censura aos meios de comunicação (rádios, revistas e jornais) e às manifestações artísticas como, por exemplo, teatro, cinema e música;
- Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para promover e divulgar as realizações do governo;
- Perseguição e, em alguns casos, prisão de opositores e inimigos políticos;
- Repressão às manifestações políticas e sociais (protestos, greves, passeatas);
- Controle dos sindicatos;
- Criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, garantindo vários direitos aos trabalhadores;
- Criação da Justiça do Trabalho, da carteira de trabalho, salário mínimo, descanso semanal remunerado, jornada de trabalho de oito horas e regulamentação do trabalho feminino de menores de idade;
- Centralização administrativa do estado (aumento da burocracia estatal);
- Criação de um nova moeda, o cruzeiro;
- Investimentos em infra-estrutura e ênfase no desenvolvimento industrial (criação da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Vale do Rio Doce);
- Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados (Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética), com o enviou da FEB (Força Expedicionária Brasileiras) aos campos de batalha na Itália.

Fim do Estado Novo

Com o final da 2ª Guerra Mundial (1945) e a derrota das nações fascistas, a opinião pública começou a contestar o regime ditatorial varguista. Intelectuais, artistas, profissionais liberais e grande parcela do povo queriam a volta da democracia ao país. A pressão para a renúncia de Vargas aumentava a cada dia. No dia 29 de outubro de 1945, um movimento militar, liderado por generais, depôs do poder Getúlio Vargas.

Conclusão

O governo de Vargas, durante o Estado Novo, apresentou pontos positivos e negativos para o país. Na área econômica, o país fez grandes avanços com a modernização industrial e investimentos e infra-estrutura. Os trabalhadores também foram beneficiados com leis trabalhistas, garantindo diversos direitos. Porém, no aspecto político, o Estado Novo significou a falta de democracia, censura e aplicação de um regime de caráter populista.